A Turquia recebeu a influência de numerosas religiões, desde o culto à Natureza dos hattis e dos hititas, até ao moderno Islamismo. Muitos deuses antigos dos quais temos conhecimento foram provenientes do Oriente Médio.
O Cristianismo na Turquia existe, graças a São Paulo que segundo as Escrituras Sagradas, com o fim de pregação, se estabeleceu em sete igrejas no centro e no oeste nas cidades de Éfeso, Esmirna, Pergamon, Tiatira, Sardes, Filadelfia e Laodicea.
Já o Islamismo entrou na Turquia em meados de 1071 quando os seljúcidas turcos venceram as tropas bizantinas cristãs. De acordo com o site da embaixada da Turquia no Brasil, o historiador armênio Mateos diz que alguns sultões seljúcidas tratavam os cristãos tão bem que estes depressa se convertiam ao Islamismo. Na Turquia, mesquitas, igrejas e sinagogas estiveram sempre muito próximas umas das outras. Já durante a Segunda Guerra Mundial, milhares de judeus fugiram da Alemanha e de outros países em busca de asilo devido à ocupação nazista. Em termos de números, 99% da população da Turquia são muçulmanas, em sua maioria pertencente ao Islão. Existe uma minoria formada por xiitas e duodecimanos. Apenas 1% da população pertence a outras religiões, principalmente cristãos (ortodoxos gregos, apostólicos armênios, ortodoxos siríacos, católicos romanos e protestantes), judeus e bahá'ís.
O Estado na Turquia, não dá preferência a nenhuma religião, proibindo a discriminação e há liberdade de credo. Entretanto, é vedado o envolvimento religioso em qualquer processo político-partidário, e nem mesmo existem cerimônias religiosas em universidades e órgãos do governo.
Os muçulmanos rezam cinco vezes ao dia e, é norma para eles, pelo menos uma vez na vida, viajarem para Meca. Os Muezzines cantam o convite à oração desde os minaretes, hoje em dia com alto-falantes. O Islamismo reconhece as religiões judaica e cristã. A casa da Virgem Maria, situada próximo de Efeso, na Anatólia ocidental, também é visitada e venerada por muçulmanos turcos.
O Ramadão, o Seker Bayrami e o Kurban Bayrami, são festividades comuns na Turquia, provenientes do Islão, e praticadas pelos muçulmanos.
Na Turquia, existe um ritual praticado por muitos muçulmanos, chamado de Sufismo. Os sufis ou sufistas, através de cantos, dança e música, buscam uma aproximação com Deus. Na antiga Mesquita de Mevlana, hoje museu em Konya, os sufistas se reúnem para a realização de um exercício de meditação que envolve a recitação de orações e hinos, após os quais os participantes realizam voltas à sala, numa dança em que abrem os braços à altura dos ombros, com a palma da mão direita virada para cima e a da mão esquerda para baixo.
Esse ritual chamado sema é praticado em diversas partes do Oriente Médio, onde cada grupo recebe um nome, mas na Turquia, os participantes do sufismo, são chamados de Dervixes. Os membros do sufismo na Turquia são conhecidos no Ocidente como os "dervixes rodopiantes".
Um comentário:
Muito boa sua postagem sobre a religião na Turquia.
É mesmo um mosaico dada à grande variedade.
Entendi que o Estado é laico.
Venho pesquisando sobre o País porque, no Brasil, há muitos sírios e libaneses que, por entrarem aqui com passaporte Turco-Otomano, eram e ainda são, chamados de turcos.
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